Como fazer: Sair do mar pela rebentação
Antes de sair do mar velejando (surfando) uma onda, você precisa saber sair do mar passando por todas as demais! Saber sair do mar pela rebentação é uma das habilidades importantes que você precisa dominar para curtir um bom windsurf wave. Veja que estamos falando em sair do mar e não para o mar (= entrar).
Veja em seguida algumas dicas top:
Laure Treboux (Obs.: Esta dica é importante para quem ainda não domina o velejo wave no real sentido da palavra).
“Sempre visualize o local de saída antes de sair efetivamente. Observe onde e como as ondas quebram.
Para sair pela rebentação, existe sempre um tempo entre as séries, então tenha certeza que você escolheu o momento certo pra retornar à praia. Espere a série. Com a passagem dela, normalmente existirá um instante de menos ondas quando então você poderá sair tranquilamente.
Estando fora no mar, se estiver planando, tenha certeza que esteja tão rápido quanto possível. Isto facilita sua passagem sobre a água com espuma na quebrança. Quando estiver pra alcançar a parte branca de espuma, ajuste sua prancha um pouco orçada e feche sua vela. Esta ação fará levantar a prancha da água, fazendo você passar a espuma com tranquilidade, evitando catapultas.
Se você não estiver planando, a chave é ter o máximo de vento em sua vela quanto possível, e somente um instante antes da espuma, empurre sobre seu pé de trás, fazendo o bico da prancha levantar. Empurre ambos, vela e prancha para a frente simultaneamente.”
Jamie Hancock (Obs.: Dica para wave real).
“Sair na onda é realmente chave e difícil, cada point de velejo possui diferentes características e até o melhor dos velejadores já teve sua pequena parcela de eventual humilhação. Já me ocorreu no passado de ficar preso sob minha vela rezando para ninguém ter visto.
Sair do mar pelas ondas torna-se parte importante do velejo em ondas. Cada vez que você atravessa a rebentação em direção ao fundo, deve lembrar que deverá também retornar ao ponto de onde você saiu pro velejo. Experiência é a chave de tudo, e tudo se baseia no “ler” a rebentação, escolher o momento correto e sempre uma boa parcela de sorte.”
Robby Swift (Obs.: Dica para passar a rebentação porém em direção ao fundo).
“A coisa mais importante a lembrar é ter o bico da prancha apontado pra onda. Se você tiver a prancha de lado, a onda irá anular sua velocidade através da força da própria onda. Se o bico estiver apontado pra onda, você irá penetrar por ela facilmente.”
Ross Williams (Obs.: Dica para wave real).
“A melhor coisa é sempre fazer a coisa com tempo e espaço, então minha dica top seria iniciar a saída com antecedência e bastante no fundo. Caso as coisas não corram exatamente conforme planejado, você terá uma boa margem de erro com espaço e tempo para sair de qualquer enrascada que possa surgir.”
Ben Proffitt (Obs.: Dica para wave real).
“Escolha uma vela maior, de maneira a garantir o planeio. Isto significará menos tempo na zona de impacto e mais poder de decisão em como e quando passer a rebentação.”
Fontge: http://boards.mpora.com/technique/how-to-get-out-through-waves.html#Xm3QxTS7914sJmVZ.99
Carlos Jürgens (Obs.: Pra entrar no clima – Segue minha dica pessoal).
“Em setembro/2014, quando estivemos em Jericoacoara, recebemos uma dica muito importante do pessoal do Clube Vento. Em Jeri, as ondas não quebram numa zona única de rebentação, mas vem sim seguindo a costa a partir da ponta de pedras mais extrema do litoral.
Muito comum em Jeri é o velejador vir planando com todo o gás e saltar a onda de trás para a frente. Neste caso, o velejador não deverá somente prestar atenção na onda imediatamente à sua frente, respeitando a preferência de eventual velejador que esteja surfando a onda, mas também (e muito importante), ter o olhar muito mais adiante.
Me explico: Caso algum velejador estiver caído na rebentação, sua vela normalmente estará deitada na água e portanto a onda que estiver imediatamente na sua frente poderá ocultar esta vela e o velejador. Muito importante portanto, acompanhar por um bom espaço à sua frente a movimentação de velas e eventuais banhistas, para a qualquer custo evitar saltar sobre uma vela, danificando material ou ainda pior, ferindo alguém.”
Bons ventos a todos,
Carlos Jürgens
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