QUILHAS – Cuidados e manutenção

 

Alguns velejadores não dão a devida atenção ou desconhecem o tema, porém a quilha é um dos itens fundamentais do equipamento de windsurf. Risco e arestas danificadas são grandes responsáveis pelo spinout.

Um dos colegas do Windville costuma dizer (ouviu já de outra pessoa), que o velejador não precisa ter duas pranchas. Mais importante é ter uma boa prancha e 2 ou 3 quilhas.

Na hora do velejo, quilha limpa, bem fixada à prancha, sem areia, terra ou grama interferindo no encaixe, são condições básicas.

Durante o uso, caso o velejador sentir que a quilha está raspando no fundo arenoso, deve imediatamente sair de cima da prancha, pois este atrito na extremidade da quilha pode danificar a caixa de quilha na prancha, quebrar ou gerar trincas na própria quilha, ou ainda na melhor das hipóteses, desgastar a ponta da quilha.

Estando fora da água no intervalo dos velejos, quais os cuidados que devemos ter com as quilhas?

– Mantê-la limpa e seca. Se a quilha não possuir, é recomendável fazer uma capa de proteção que pode facilmente ser feita com EVA e adesivo.

– Lubrificar periodicamente o inserto de bronze (ou latão) que possui a rosca por onde a quilha é fixada pelo parafuso (normalmente M6) à prancha. Em outra matéria deste mesmo site já foi comentado que em nossa opinião, o melhor produto para esta lubrificação e cuidados é o WD-40.

 

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– Caso o inserto esteja com a rosca M6 espanada (danificada, sem aperto), não siga velejando com esta quilha, pois corre-se o risco de perde-la. Ao invés, leve-a a algum torneiro (mecânico que opera tornos e/ou fresadoras) nas imediações de sua casa, e peça para substituir o pequeno inserto de fixação da quilha. É fácil, seguro e irá renovar corretamente seu equipamento. O material pode ser latão, bronze ou outro afim, resistente à corrosão da água salgada.

 

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– Se a ponta da quilha (ou qualquer outra parte de sua superfície) estiver com riscos típicos de desgaste com fundo de areia, deve-se lixar a parte afetada, partindo de lixa mais grossa (grão 150), até finalmente completar o serviço com uma lixa d’água 400 ou 600. Se foi removido muito material, pode-se aplicar uma fina camada (suficiente para cobrir os riscos) de adesivo ou resina epóxi para depois proceder com a lixa.

 

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– A aresta frontal que corta a água, e principalmente a traseira mais fina e afiada devem estar sempre lisas e sem “tecos”. Caso existam, deve-se da mesma forma corrigi-los com o uso de lixas.

 

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ATENÇÃO: O material das quilhas normalmente desgasta facilmente. Ao lixar a superfície da mesma, vá com calma para evitar danos irreparáveis.

– Caso exista algum “dente” em alguma das arestas, pode-se preencher o vão com adesivo ou resina à base de epóxi. Após a aplicação do material no preenchimento, deve-se lixar até igualar as superfícies.

 

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– Apesar do fundo da prancha poder ser polido com cera automotiva, a quilha NUNCA deverá receber este tratamento. Polir a quilha irá gerar o spinout.

 

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– E finalmente, o conselho que considero o mais importante, principalmente para iniciantes. Quando a quilha roça no fundo arenoso, é comum o desgaste e a consequente formação de uma ponta afiada. Esta ponta, cada vez que o velejador cai na água e necessita corrigir a posição do equipamento antes de dar um puxão ou water start, é um prato cheio para se ferir.

 

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Esta ponta afiada pode facilmente ser eliminada com uso de uma lixa. Caso você não tiver lixa no momento, apenas raspe a ponta da quilha sobre uma pedra abrasiva (ou mesmo asfalto ou cimento), com calma para não desgastar demasiado. Pode-se inclusive inclinar a quilha desgastando também os lados dando novamente à mesma o formato arredondado característico.

 

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A integridade de suas pernas e pés agradecem.

 

Bons Ventos a todos,

 

Carlos Jürgens

 

 

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