Pé de mastro: Tendão x Cruzeta x Diabolô (tipo coxim de borracha)

 

Dando sequência às conversas de beira de praia, veio nosso amigo Edson (Mano), comentando que atualmente só utiliza pé de mastro tipo cruzeta mecânica. Enumerou o que segundo ele seriam todas as vantagens, porém fiquei na dúvida: Será mesmo? Não encontrei na rede uma matéria específica sobre o assunto, porém num fórum de discussão foi apresentada uma explicação bastante convincente sobre o assunto. Vai transcrito a seguir:

 

A questão foi: O velejador utilizava somente o pé de mastro tipo tendão da Chinook com parafuso único central para velejar. E perguntava qual tipo os demais do fórum pensavam ser a melhor solução.

 

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As soluções comuns disponíveis no mercado são: Placa de Base com parafuso único ou 02 parafusos, e os elementos de junção (tendão x cruzeta x diabolô).

A Base de Pé de mastro com 02 parafusos é mais resistente, porque em situações extremas (principalmente em wave), já houveram relatos de caixa de mastro arrancada por ser parafuso único e toda a carga aplicada em um único lugar. Além disto seu uso é também mais fácil, pois se torna muito simples separar o rig da prancha, algo do tipo “Plug’n’play”…

 

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Quanto aos tipos de junta: Tendão, cruzeta e diabolô.

Na realidade, tendão, cruzeta ou coxim de borracha (diabolô), as vantagens de um ou outro irão depender de onde e o que você irá velejar.

 

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A junta mecânica tipo cruzeta é a mais resistente de todas e não tende a tombar a prancha na preparação pro waterstart. Outra vantagem da cruzeta é a facilidade para prender e soltar o rig da prancha, estando dentro da água.

Como desvantagem, tende a danificar o deck das pranchas, principalmente as mais sensíveis (normalmente as mais leves e de uso profissional). E em águas muito agitadas, pode apresentar vibração e não transfere a rigidez desejada. Esta vibração pode ser sentida na prancha no velejo. E a cruzeta possui certa limitação na movimentação, quando comparado com os outros dois sistemas.

 

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Tendão é o sistema que provavelmente trará a melhor sensibilidade em relação à prancha, porém também pode vibrar um pouco no velejo. É um excelente sistema para águas lisas, e slalom/race, porque não existem folgas no conjunto.

 

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Coxins de borracha (Diabolô) são excelentes para águas agitadas. São mais macios que o tendão e absorvem melhor as vibrações. Por esta razão, é o sistema menos prejudicial ao deck de sua prancha. Entretanto, é o que possui a menor durabilidade na comparação entre os 3.
 

Palavras de um velejador experiente no fórum: “Prefiro a cruzeta na minha Fórmula, tendão para velejo de slalom e velocidade em águas lisas, e borracha (diabolô) para bump & jump (velejo em ondas com saltos e muita pancada)”.

 

Resultado disso tudo? Acredito que meu amigo “Mano” Edson, dentro do tipo de velejo e material utilizado, está correto na escolha da cruzeta. Valeu Mano!


Apenas como referência, clubes como o Vela em Jeri (Clube dos Ventos), utilizam tendão e base com 02 parafusos.

Como tudo neste esporte, tudo depende de escolhas, gosto pessoal, e também compromisso.

 

Qualquer um dos sistemas apontados requer inspeção para prevenir falhas e quebras.

 

Fonte: http://iwindsurf.com/forums/viewtopic.php?t=15166

 

Abraço e Bons Ventos a todos,

 

Carlos Jürgens

 

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