Windsurf Amador
No Brasil, o Kitesurf é muito forte. Apesar de alguns alegarem que os dias de maior crescimento do esporte já terem passado, ainda assim é inegável sua força e diria mais, que graças ao kite, hoje seguimos fortes também com o windsurf. No final, um esporte complementa o outro.
Porém no exterior a situação não é exatamente assim. O windsurf continua sendo um esporte muito forte, e no cenário de competição internacional, o que se vê por exemplo nos campeonatos de windsurf categoria wave da Grã-Bretanha, é uma crescente chegada de novos talentos.
Como sempre, existe muitos velejadores profissionais, mas o que está se tornando mais e mais evidente, é o crescimento na quantidade de velejadores amadores. Existe hoje em dia, claramente formado um grupo de velejadores, guerreiros de final de semana com trabalhos normais, que seguem as etapas do campeonato local, para mostrar sua habilidades, em algumas das melhores condições de onda e vento locais.
De forma consistente, tanto os profissionais como amadores se beneficiam deste crescimento, e já ocorreu de em alguns eventos existirem mais amadores que profissionais.
Como isto se enquadra no nosso cenário: Windsurf em Santa Catarina ou Brasil, o que quer que seja?
No próximo final de semana (02 e 03 de novembro), teremos a primeira etapa do Campeonato Catarinense de Windsurf, categoria Slalom.
E de 13 a 16 de novembro já foi confirmado o IWC-2013 – Ibiraquera Wave Contest, onde os maiores feras do windsurf wave e SUP do Brasil e exterior se confrontarão.
São oportunidades que não devem ser perdidas.
O mais caro em participar deste tipo de evento é o transporte e custos de acomodação e alimentação. Se você tiver a oportunidade de rachar os custos com algum colega, este valor se reduz pela metade ou até menos.
Participar de uma etapa do CCW na modalidade Slalom, por exemplo, mesmo que seja na categoria Sport (amador), traz a você muito mais do que o gasto no transporte e acomodação.
Veja que estamos falando de Slalom, ou seja, a base do que qualquer windsurfista aprende em sua fase inicial (ir e voltar). Neste caso, na ida é no tempo certo (largada junto com os demais competidores) dentro dos limites da raia, lá na frente contornar a boia de marcação e retornar à linha de chegada. Não tem mistério.
Se você não souber dar o jibe, não tem problema, avance um pouco além da boia para sair da raia deixando espaço para os velejadores mais experimentados, faça uma cambada, ou se não souber, deite a vela na água e vire a prancha como souber para poder retornar. Não é vergonha para ninguém, e somente fazendo é que se aprende. Absolutamente TODOS começaram assim um dia.
E pode ter certeza de que todos os velejadores mais experientes estarão disponíveis para ajudar e orientar você, de forma que o que se aprende num evento como este, vale mais do que um mês inteiro de velejo de final de semana no seu point preferido.
Ah, não quer mesmo participar? Leve seu equipamento e veleje num canto afastado da raia. A lagoa da Conceição é enorme. E o clima fora da água também é muito alto astral e nos papos de terra firme se aprende tanto ou talvez até mais do que na água. Porém não adianta só a teoria, é necessário também a prática.
A algum tempo atrás, tentaram eliminar o windsurf das Olimpíadas. Não conseguiram. Viram que o esporte é muito forte a nível mundial, e principalmente nas classes One Design a frequência das competições, movimentação e quantidade de pessoa envolvidas surpreendeu os avaliadores e fez com que retornassem a modalidade aos jogos do Rio 16.
Vamos portanto, fazer também nossa parte e participar. É desta forma que consolidaremos o esporte e poderemos continuar nos divertindo, aprendendo e fazendo novos amigos a cada dia.
Bons Ventos a todos,
Carlos Jürgens
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