Você é fera no windsurf, mas sabe competir?

 

Ok, novo ano e reiniciamos a caça a matérias interessantes. Nas férias dei uma olhada em algumas revistas antigas, e na antiga Windsurf Mania, ano 1, nº 02, encontrei uma matéria bastante interessante e que após a leitura vocês irão concordar que não perde a atualidade.

A matéria foi originalmente escrita por Toninho Cunha, campeão brasileiro e carioca de wave e na época, juiz oficial da ABWS.

 

“Quantas vezes nós vemos aquele cara que manda aéreos insanos e Double loops no free surf, e quando chega no campeonato, perde do “Zé Feijão com Arroz”? Por muitos anos observei velejadores fantásticos saírem da água derrotados, pois não leram ou refletiram sobre as regras e não fizeram planejamento.

Normalmente o campeonato de wave considera as 3 melhores ondas e os 3 melhores saltos com peso maior para as ondas, com o seguinte detalhe: os juízes só pontuam a manobra COMPLETADA, a tentativa só vale uns pontinhos insignificantes de impressão geral.

Você quer ganhar? Então imagine que cada juiz tem uma planilha, que tem que ser preenchida com, no mínimo, 3 notas de onda e 3 de salto, com começo, meio e fim. Depois que você preencher os 6 quadradinhos, com um arroz e feijão (bem temperado), arrisque um rodízio de frutos do mar, ou seja, as especialidades do seu cardápio sofisticado.

Dezenas de vezes eu vi “o cara” sair da água sem preencher todos os 6 espacinhos da planilha, após mirabolantes TENTATIVAS de flaca, goiters, fronts, backs, e tudo que termina com “s”. E os amigos que conversavam na praia, sem uma planilha na mão, batem no seu ombro e falam “Cara, você arrebentos!” e quando sai o resultado, os juízes imediatamente viram ladrões.

Não perca de você mesmo! Corra conforme as regras, leia o quadro de avisos e preste atenção no meeting. Não perca tempo e altura fazendo manobras na espuminha enquanto os juízes olham o salto do seu concorrente, pois a nota da sua onda já foi dada há muito tempo. Então se você não ganhar é porque seu adversário foi melhor e não porque você deu mole.”

 

O mesmo conceito se aplica ao nosso campeonato catarinense de slalom, onde por muitas vezes o velejador perde regata por queimar a largada, não observar a sinalização das bandeiras, cancelamento da regata com chamada geral, determinação da raia no quadro de avisos e no meeting inicial, etc…

Provavelmente alguns lembram de uma regata de 2012 onde o Marcus Gevaerd correu sozinho, pois a chamada era individual para outro velejador e a bandeira verde continuou içada. Todos retornaram e ele seguiu, sendo validado o resultado.

Leiam as regras, planejem sua regata, poupem suas forças, verifiquem seu material, saibam quem marcar, considerem os descartes, etc… Seus resultados aparecerão e o esporte se tornará mais completo.

 

Bons ventos e boa competição a todos,

 

Carlos Jürgens

 

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