O ano? 1981. Meu primeiro contato com uma Windglider foi em 1983.

Na atualidade estamos habituados com uma diversidade enorme de esportes radicais e inovadores que se utilizam de velas, pipas, e tudo o mais que possa impulsionar uma prancha, skate, ou coisas do gênero.

Mas nem sempre foi assim e tenho orgulho em mostrar estas fotos a vocês e dizer que o vento já sopra de encontro ao meu rosto a muito tempo.

Em 1981 construímos, meu primo Sandro Erzinger e eu, este triciclo a vela baseados em uma foto apenas de uma revista de esportes. O apresentamos na feira de ciências da ETT (Escola Técnica Tupy) aqui em Joinville e melhor ainda, o usamos durante as 02 temporadas seguintes nas praias de areias firmes de Barra do Saí, próximo a Itapoá.

O chassi foi feito inicialmente em madeira e permitia a desmontagem em 02 partes para facilitar o transporte. Rodas traseiras pertenceram à minha velha “Monareta” (quem se lembra???) e a dianteira adquirimos num ferro-velho.

O pai de meu primo Sandro possuía na época uma serralheria que atualmente se transformou na Erzinger em Pirabeiraba e que nos permitiu executar os serviços de solda nos suportes de rodas traseiras e corte do garfo dianteiro. A cadeira de jardim foi um desfalque na varanda dos pais do Sandro.

Mastro em tubo de PVC revestido em fibra de vidro (foi uma aquisição meio a preço de banana, quase doação). A vela, compramos o tecido em nylon, eu mesmo cortei as peças e minha mãe a costurou (Rolfinho, se eu tivesse seguido na carreira hoje você teria um grande concorrente, rsrsrs…).

Finalizando, o triciclo a vela atingiu velocidades de até 60 Km/h registrados por meio de automóvel seguindo paralelo e acomodava até 02 pessoas. Uma na cadeira do condutor e uma sentada ao lado na plataforma.

Foram bons dias e de muita diversão e adrenalina. Não preciso dizer que as pessoas paravam na praia para ver o treco passar e foram muitas as consultas sobre onde foi comprado, como fazer, etc… Pouco tempo depois foi divulgado na TV uma publicidade da Hollywood (cigarros) na qual podia-se ver diversos triciclos a vela semelhantes a este nosso.

Enfim, o legal na coisa toda foi dizer que fizemos sozinhos e com recursos altamente limitados para a época. Quem pertenceu a este período sabe o quanto custava uma Windglider.

 

Abraço a todos e Bons Ventos,

 

Carlos

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