Matéria originalmente publicada por Axel Reese em http://www.boardseekermag.com/features/technique/mastfoot-position.html

Para muitos, existe sempre uma desculpa do porque estava dificil planar ou porque os outros estavam mais velozes na água. E a desculpa da posição do pé de mastro é uma das mais comumente usadas.

Pode-se dizer que cada velejador tem sua preferência, e cada vela e prancha possuem suas qualidades e deficiencias. É necessário portanto um pouco de sorte e muita perseverança para encontrar a regulagem ideal que permita o maximo de aproveitamento e diversão na água. Se você está com dificuldades, não se preocupe. Muitos windsurfistas rodados tem problemas para encontrar esta posição ideal.

Como ponto de partida e na grande maioria dos casos, a posição do pé de mastro para ventos fracos e médios deve ser no centro do rasgo de fixação sobre a prancha. Para ventos mais fortes, a posição deve ser um pouco mais recuada (eu discordo do original da matéria. Para mim esta regulagem é valida para wave. No caso de slalom, a posição para ventos fortes deve ser justamente o contrario, ou seja um pouco para frente). Encontrar esta posição ideal é muito importante, pois um equipamento bem ajustado (e neste caso falamos de vela, retranca, pé de mastro, quilha, etc…) reflete diretamente na performance e diversão na água.

A posição correta do pé de mastro é muito importante para o ajuste do equipamento e para a correta postura do velejador. Esta posição bem ajustada permite uma postura ereta, carga bem distribuída para ambas pernas e a prancha plana livremente sobre a água, diz o PWA Karin Jaggi.

A posição ideal do pé de mastro depende de diversos fatores:

– Tipo de vela, marca e tamanho. Ex.: A vela é para slalom ou wave? Onde é o ponto de equilíbrio da vela?

– Qual é o peso e altura do velejador?

– Qual a posição e comprimento das alças do Kit trapézio?

– Qual a posição (altura) da retranca?

– Condições do vento e da água.

 

Velejando sobre-velado.

Se você estiver sobre-velado (muita vela para o vento que esta soprando), por exemplo com uma prancha free-ride e uma vela 6.0, mova o pé de mastro 1 a 3 cm para frente. A prancha irá estabilizar e você sentirá muito mais controle sobre ela.

O que acontece se você mover o pé de mastro um pouco para trás? Normalmente irá dificultar para conseguir planar e orçar torna-se mais complicado. Entretanto não existe regra sem exceção. Num mar com ondas grandes, o pé de mastro deveria vir 1 a 2 cm para trás para deixar o bico da prancha mais solto, significando que a prancha sustenta melhor a posição de planeio. Entretanto neste caso este posicionamento dependerá ainda do estilo do velejador. Orçar irá se tornar mais complicado.

 

Velejando em vento normal (relação vento x equipamento).

Uma indicação clara de que a posição de pé de mastro escolhida está muito para trás é o fato de não conseguir fechar a esteira durante uma arribada. Neste caso, posicionando o pé de mastro 1 a 3 cm para a frente, será muito mais fácil “fechar o gap”. Significa que a distancia entre a parte inferior de sua vela e a prancha diminuiu. Da mesma forma é fácil saber se a posição do pé de mastro ainda está muito recuada, se o bico da prancha estiver muito livre e a prancha estiver muito solta e difícil de controlar.

O contrario também vale. Se o pé de mastro estiver muito adiantado, a tala inferior de sua vela tende a encostar no deck da prancha além da prancha ficar muito travada na água. Neste caso, movendo o pé de mastro um pouco para trás, o efeito irá desaparecer e será mais natural o controle da prancha. Portanto, a posição ideal é quando você se sentir completamente relaxado no controle de sua prancha.

 

O que acontece quando o pé de mastro estiver mais à frente?

– Melhor capacidade de orçar.

– Normalmente você será mais rápido. Quando estiver orçando, esta posição de pé de mastro adiantado trará melhor controle resultando em velocidades mais altas.

– Fechar o Gap (ou esteira) será mais fácil.

 

Nota: Pessoal, na matéria sobre pé de mastro procurei ser fiel na tradução, procurando algumas vezes os termos mais apropriados porém ser alterar o significado do original. No momento em que não concordei com o texto o fiz mantendo meus comentários entre parênteses e reforço – é minha opinião e qualquer um pode se sentir livre para discordar.

Não perca na próxima semana: As dicas dos feras da PWA em relação a pé de mastro: Youp Schmit (Freestyle), Ricardo Campello (Brasileiro – Wave) e Antoine Albeau (Race).

 

Um abraço e Bons Ventos,

 

Carlos Jürgens

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