Pé-de-mastro – Cuidados

 

O pé-de-mastro é provavelmente a peça mais importante de seu equipamento para poder retornar à praia são e salvo.

Você pode quebrar muitos outras partes de seu windsurf e ainda assim se safar melhor do que se quebrar esta pequena peça, normalmente o tendão de união.

Os pé-de-mastro atuais, normalmente vem também com uma união de emergência entre base e encaixe da extensão, que pode ser em forma de cordinha ou fita mais larga, normalmente pelos 02 lados do tendão ou rotula tipo cruzeta. Mas devo dizer que já me ocorreu uma vez, bem no inicio de meu aprendizado, de lá no fundo do mar quebrar o tendão e a cordinha de reserva também romper. Quer saber a história? Procure no site a matéria “Pra que serve a cordinha”.

Mas vamos adiante. O ideal é que voce procure ter um pé-de-mastro atual (como os descritos acima) e verifique frequentemente se as cordinhas ou faixas laterais estão inteiras. Caso venha a romper, cuide pra não danificar demasiado o deck de sua prancha, pois a parte superior da peça (rompida) inevitavelmente irá apoiar ao lado da base ainda fixada à prancha. E poderá danificar o deck.

 

 

Caso rompa totalmente, recomenda-se ter sempre uma cordinha extra com você durante o velejo. Esta cordinha extra pode ser a salvação em momentos como este. Uma dica: enrole-a na parte traseira da retranca, longe da parte de manuseio normal. Desta forma você poderá no dia-a-dia até esquecer que ela existe, mas na hora do apuro estará à mão. Esta cordinha extra pode também servir para rebocar pranchas e outros objetos perdidos e encontrados boiando durante seu velejo.
O que gera a ruptura do tendão? Exposição ao sol, fadiga pelo uso frequente, e peça muito velha, mesmo que pouco usada são as causas frequentes.
Como checar o estado dela? Ainda em terra, procure dobrar o tendão simulando o movimento normal quando fixado à prancha. Caso você seja um velejador (a) mais fraco (a), fixe a base na prancha e inserindo a extensão, fica fácil dobrar a peça.

Pequenos buracos na borracha do tendão são sinal alarmante de ruptura iminente. Eu sinceramente não me arrisco a velejar com esta peça, que deve ser checada a cada velejo, em mau estado de conservação. Minha saúde e bem-estar valem mais. Não quero me incomodar.

 

 

Se você pensar bem, o preço de um tendão de reserva é muito baixo se comparado ao restante do valor de seu equipamento. Habitue-se a ter uma peça de reserva em sua bolsa de utilidades de velejo.

Como sair da situação? Se a corda não rompeu ou você tiver uma cordinha de reserva, junte as peças e venha velejando na medida do possível de volta à praia.

Outra opção é, caso exista alguma boia, ilha ou outra parte fixa onde seja possível amarrar o rig, voltar à praia remando somente a prancha e buscar um pé-de-mastro de reserva.

Amigos também são bem-vindos nesta hora. Ou então, desmonte todo seu rig dentro da água. Enrole e fixe da melhor maneira possível sobre a prancha, e venha remando de volta à praia.

Bons ventos a todos,

 

Carlos Jürgens