Dicas variadas de windsurf – Parte 1
Quilha Bic (Trim Box): Quem possui prancha mais antiga que utiliza quilhas do tipo Trim Box (Bic, Fanatic, etc…), provavelmente já fez a pergunta da razão daqueles pequenos taquinhos deslizantes inseridos na caixa de quilha sob a prancha. E provavelmente também já fez a pergunta do que acontece se forem mudados de posição?
Pois bem, consultei a Bic e a resposta é que na posição bem para trás, você conseguirá mais velocidade e prancha mais “solta” sob os pés. Com a quilha posicionada para frente, aumenta o controle e diminui a velocidade.
Entretanto segundo a Bic, os benefícios em mudar esta posição da quilha são bastante limitados. Por esta razão, eles atualmente só utilizam a caixa de quilha do tipo Deep Tuttle em todos os produtos da marca Bic para windsurf.
Altura da retranca: Esta regulagem tem relação direta com a performance. Uma retranca baixa, dificulta iniciar a planar e complica a operação de desengatar do trapézio. Por outro lado, a retranca posicionada muito alta, propicia o spinout, dificulta as manobras e pode complicar a vida do velejador no uso do trapézio, tanto para engatar como para desengatar o mesmo.
Uma boa posição para ajuste da altura da retranca, é na altura dos ombros.
Se o vento estiver fraco para o tamanho de vela usada, posicionando a retranca mais alta, ela pode ser melhor alcançada para iniciar a planar. Se torna mais fácil transferir seu peso para o rig e menos para a prancha. Em consequência o equipamento terá mais capacidade de “lifting” e planar.
Se o vento estiver forte para o tamanho de vela usada, baixando a retranca lhe dará mais controle, pois seu peso será mais direcionado para a prancha.
Rigidez do mastro: O mastro influencia diretamente na performance do rig. A melhor escolha é sempre utilizar o mastro recomendado para a vela (porém sabemos que nem sempre isto é possível).
Se um mastro mais flexível e curto estiver sendo utilizado, o rig se torna mais flexível. O manuseio pode se tornar mais fácil em ventos fortes e se torna mais fácil fechar o gap (eliminar o espaço aberto entre esteira da vela e prancha).
Um mastro mais rígido terá efeito oposto. Será mais difícil fechar o gap em ventos fortes, entretanto lhe dará mais capacidade de orça (velejo contra o vento) e se tornará mais adequado a ventos fracos.
Posição das alças: Sua posição de fixação determina o posicionamento do velejador sobre a prancha, e em consequência a resposta da mesma na água.
Freestyle e wave, exigem mais controle e posicionamento mais ereto do velejador. Nestes caso as alças são bastante fechadas na prate frontal e normalmente se utiliza uma única na traseira da prancha.
Para slalom e freeride, em água muito agitadas, alças posicionadas bem abertas e mais à frente resultarão em mais controle da prancha e sobre o poder de lift da quilha. Em águas mais lisas, alças posicionadas mais para trás irão conferir ao velejador mais velocidade final, fazendo o mesmo descolar a prancha da água e literalmente velejando na quilha.
Kit trapézio: O trapézio é sua unidade de transferência de força, portanto seu posicionamento e comprimento do kit afetam diretamente a performance do rig. Encontrar a posição correta do kit trapézio na retranca é uma questão pura de equilíbrio e balanço.
Kit posicionado muito à frente irá limitar a velocidade final do velejador por exigir o posicionamento do mesmo muito à frente na prancha e não permitindo assim a transferência plena de potencia. Neste caso o braço de trás se cansa mais que o da frente.
Se o kit estiver estiver muito para trás, existirá a propensão a catapultas e o braço da frente irá cansar mais. Tnte velejar por alguns instantes sem o uso das mãos. Pronto, você encontrou a posição ideal do kit trapézio (ver matéria específica no site).
Esta matéria será concluída na próxima semana. Bons Ventos a todos,
Carlos Jürgens
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