As Top 18 do Windsurf – Parte 4 (Final)

Dando continuidade à parte 3 – matéria das semanas anteriores:

Matéria extraída de: http://jimbodouglass.blogspot.com.br/2008/02/top-16-windsurfing-questions-answered.html

Pergunta 13) – Estou às vésperas de comprar minha primeira Shortboard. Qual deveria ser minha escolha?

A tabela (windsurfcalculator.xls – peça pelo email [email protected]) recomenda o volume para a primeira shortboard baseado no menor volume possível para uma prancha deste tipo, na qual você com seu peso ainda consiga levantar a vela pelo puxão. Com base nisto, escolha uma prancha freeride cujo range de velas corresponda às condições de vento comuns em sua região.

Pergunta 14) – Minha vela é difícil de manusear e vivo levando catapultas. O que devo fazer?

Você não está com uma vela muito grande para as condições de velejo? Verifique na tabela ou pergunte a outros velejadores mais experientes. Se sua vela estiver no tamanho correto para o vento, então ela provavelmente está mau montada, é muito velha (desatualizada) ou ambos. Se sua vela for anterior ao ano 2000, então você deveria pensar seriamente num upgrade. Se sua vela for relativamente nova (moderna), então verifique as instruções de montagem para se certificar de que você está caçando corretamente na base e na retranca. Não caçar a vela corretamente na sua base é um dos erros mais comuns em iniciantes. Se houverem outros velejadores por perto, peça ajuda a eles. Este assunto já foi igualmente tratado na matéria “Downhaul x Outhaul” de 30/01 2012. Também é possível que sua vela esteja corretamente montada mas as alças de seu Kit trapézio estejam mau posicionadas, muito curtas (menos tempo para reação e consequente catapulta), ou muito abertas. As alças estando mais próximas (em torno de um palmo) permitem às velas que elas se auto ajustem às rajadas, abrindo quando necessário. Logicamente que a técnica do velejador importa bastante. Se você estiver se posicionando muito à frente na prancha e não estiver contra balançando a pressão do vento em sua vela com o corpo, então você estará vulnerável a uma catapulta. Além disto, no momento em que você conseguir utilizar as alças, principalmente a de trás (atenção, SEMPRE colocar primeiro o pé da frente e depois o de trás), você verá que irão reduzir as catapultas. Se as catapultas estão acontecendo no momento em que você está começando a planar, experimente colocar os pés nas alças antes de engatar o trapézio.

Dica do tradutor: Neste caso, para posicionar os pés nas alças sem o engate do trapézio, você deverá flexionar os joelhos de forma que praticamente se pendure na retranca. Esta posição permitirá que seu peso seja transferido para a base do mastro, mantendo a prancha em velocidade e controlável, e permitindo a você fazer os movimentos laterais com os pés para encaixar nas alças.

Pergunta 15) – Como se diferenciam as diversas medidas e formatos de quilhas?

O tamanho da quilha é diretamente relacionado com o tamanho da vela e largura da prancha. Velas grandes exercem muita força lateral no equipamento, que precisa ser equilibrada com uma quilha grande que possibilite transformar este equilíbrio em força de deslocamento à frente sem que a prancha saia deslizando lateralmente (spinout). Esta força de resistência lateral que a quilha exerce é chamada de “Lift”, mas na realidade é mais torque porque tende a girar a prancha sobre a borda oposta ao seu posicionamento. Este lifting, ou força de giro, é parcialmente o que possibilita a você colocar seus pés nas alças posicionadas na borda da prancha sem que a mesma afunde, e é também a razão pela qual pranchas mais largas exigem quilhas mais longas. O formato da quilha tem efeito na velocidade final, controle e manobrabilidade da prancha. O mais eficiente (veloz) formato de quilha é o reto, estreito e perpendicular, então a maioria das quilhas de race são construídas desta forma. O problema com quilhas de race (ou slalom) é que algumas vezes elas geram muito lift e são difíceis de controlar e manobrar. Quilhas curvadas permitem mais controle e manobrabilidade em ventos fortes. O extremo de quilhas curvas é encontrado em quilhas de wave. Quilhas do tipo weed (formato reto mas ao invés de perpendicular ao fundo, são inclinadas em torno de 45º para trás) são um caso especial e servem exclusivamente para locais em que existem muitas algas ou outros detritos em suspensão na água e que não devem ficar presos à quilha. Pelo seu formato inclinado estas algas escapam por baixo durante o próprio velejo.

Pergunta 16) – Qual a diferença entre os diferentes tipos de prancha (iniciante, longboard, freeride, slalom, speed, formula, freestyle e wave)?

Iniciante são tecnicamente longboards porque possuem bolina para performance em ventos fracos, mas ao mesmo tempo são curtas e largas para facilitar o equilibrio e manobras. Longboards são grandes e longas e possuem a melhor performance de todas em ventos fracos, e relativamente boa performance em ventos médios e fortes. Todas as demais categorias são shortboards por não possuírem bolina e não são apropriadas para ventos fracos. Freeride são pranchas simples de usar com boas respostas em velocidade e manobrabilidade. Possuem uma grande variação de tamanhos (volume) e normalmente aceitam um grande range de velas. Pranchas de slalom são rápidas, leves e apropriadas para o velejo de ir e voltar das competições. Pranchas de speed são versões reduzidas das pranchas de slalom. Funcionam somente em ventos fortes e com águas lisas, mas nestas condições são excepcionalmente rápidas. Formula são usadas para corridas que envolvem orçar e arribar com os maiores ângulos possíveis. São extremamente largas e utilizam grandes quilhas e velas. Esta combinação permite a elas planar muito cedo em ventos fracos, comparado com qualquer outro tipo de prancha, mas faz delas muito complicadas (técnicas) em ventos fortes. Freestyle são pranchas compactas e manobráveis, que planam cedo para suas dimensões. Apropriadas realmente para manobras em águas lisas. Pranchas de wave são pequenas, altamente manobráveis que funcionam bem em ondas e águas agitadas mas que requerem ventos fortes.

Pergunta 17) – O que são pranchas SUP e longboard-wave?

SUP é uma abreviação de Stand-up paddleboard e se resume em uma grande prancha de surf que você pode ficar em pé sobre e remar com um grande remo. Longboard-wave é um SUP que também permite fixar uma vela ao mesmo funcionando então como um windsurf. Naturalmente não funcionam como uma prancha específica de windsurf, mas representam uma opção interessante para reduzir o material e brincar em qualquer condição.

Pergunta 18) – Qual a relação entre tipos de vela e tipos de prancha?

Velas possuem nome (ou classificação – pergunta 16) conforme o tipo de prancha para as quais foram otimizadas e desenvolvidas. Entretanto alguns tipos de velas podem ser usados em diferentes tipos de pranchas sem grandes problemas de desempenho. Por exemplo, longboards e pranchas de freeride normalmente funcionam bem com qualquer tipo de vela. As únicas combinações que realmente oferecem restrições são as velas de corrida (race) em pranchas de Freestyle ou wave, e velas de Freestyle ou wave em pranchas de slalom, speed ou formula.

É isto pessoal, espero que tenham tirado proveito do material independente de seu nível no windsurf.

Bons Ventos a todos,

Carlos Jürgens

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