As Top 18 do Windsurf – Parte 3
Dando continuidade à parte 2 – matéria da semana passada:
Matéria extraída de: http://jimbodouglass.blogspot.com.br/2008/02/top-16-windsurfing-questions-answered.html
Pergunta 10) – Estou tendo problemas no uso do trapézio – O que está errado?
É um problema de condições do velejo, equipamento, ajuste ou técnica. Condições do velejo são o mais fácil de determinar. Se o vento estiver muito fraco para contra-balançar a pressão do vento na vela com o peso do seu corpo, provavelmente estará também muito fraco para o uso do trapézio. Equipamento – Verifique o comprimento de seu Kit trapézio (cabos fixados na retranca para engatar o gancho do trapézio). Releia a matéria “Kit Trapézio” de 04/02/13 neste mesmo site e veja se o comprimento de seus cabos está conforme recomendação. Ajuste é difícil descrever, mas o assunto também foi abordado na matéria anterior (Kit trapézio). Entretanto, peça a algum colega mais experiente que você para velejar com seu equipamento e ajustar para você a altura da retranca e posição do Kit trapézio adequadamente. Técnica é igualmente outro assunto complicado mas vai uma dica: Tente velejar confortavelmente com o gancho de seu trapézio próximo da posição de engate nas alças mas ainda sem engatar. Se para engatar o trapézio você tiver que realizar um movimento brusco e acentuado com sua vela ou corpo para alcançar o engate, então muito provavelmente você irá falhar ou cair quando realizar a operação.
Pergunta 11) – Como faço para iniciar a planar?
Inicialmente se certifique de que existe vento suficiente para o tamanho de vela que você está utilizando (mas não demasiado), perguntando a outros velejadores ou verificando na tabela (windsurfcalculator.xls – peça pelo email [email protected]). Se você estiver utilizando um Longboard, certifique-se de que a bolina esteja completamente recolhida, porque é muito difícil planar com a bolina baixada. Então acelere fechando a vela e transferindo o peso de seu corpo para equilibrar a força da mesma. Conforme você for acelerando, mantenha pressão na base do mastro (transferindo seu peso pela retranca – assunto já tratado no site), de forma que você possa ir deslocando seus pés para trás e para fora de encontro às alças e sem afundar a rabeta de sua prancha. Arribando (velejo a favor do vento) levemente ou pegando carona numa pequena onda podem ajudar nesta transição (deslocamento para planar). Se você souber bombar a vela também irá ajudar neste momento.
Pergunta 12) – Toda vez que tento colocar meus pés nas alças, eu caio ou a prancha vira contra o vento (orça). Como conserto isto?
Novamente, isto pode ter haver com condições do velejo, equipamento, ajuste ou técnica. A mais obvia indicação de que as condições não se ajustam aos pés nas alças é quando não existe vento suficiente para planar. Se você não estiver planando ou bastante próximo de iniciar a planar antes de ir para as alças, então você não será capaz de encaixar nelas. Lembre que vela, prancha e tamanho da quilha, todos contribuem para sua habilidade em planar. Uma quilha ligeiramente maior que a normal podem ajudar no aprendizado do planar e uso das alças. Outro ponto a considerar é onde estão fixadas as alças em sua prancha. Se sua prancha tiver múltiplas posições para fixação das alças, a posição mais à frente e próxima ao centro da prancha é a recomendada para aprendizado desta função (uso das alças). Quando você estiver iniciando a planar e pronto para encaixar seus pés nas alças, lembre de transferir seu peso e colocar pressão na base do mastro, e de manter sua velocidade, direção e posicionamento da vela o melhor que lhe for possível. Não olhe para baixo procurando pelas alças, porque esta ação irá fazer você perder direção e tudo irá por água abaixo (ou melhor, para a água). Siga olhando para a frente e velejando normalmente. Então, com seu pé traseiro no centro da prancha levante seu pé dianteiro e o insira no vão da alça dianteira. Este ato deve ser meio intuitivo, se necessário apalpar (com os pés logicamente) até pegar o jeito e fazer automaticamente, ou treinar em casa no seco, faça-o (se fizer em casa, não posicionar sua prancha sobre uma superfície dura que possa danificar o fundo dela). O movimento para inserir o pé na alça deve ser lateral e não de cima para baixo. Não esqueça de manter pressão na base do mastro pelo trapézio, evitando descarregar o peso para o pé de trás que iria fazer a prancha afundar a rabeta e perder velocidade. Tente aumentar um pouco a velocidade com somente o pé frontal encaixado nas alças e em seguida escorregue seu pé de trás para a alça. Novamente movimento lateral. Tente não bater com seu pé na água pois isto irá assustá-lo fazendo tudo dar errado. Beleza, você conseguiu! Agora tente aprender a compreender a resistência da quilha cortando a água quando planando. Experimente alterar a pressão lateral nos seus pés frontal e traseiro, fazendo a prancha arribar e orçar sem mexer no posicionamento da vela. Aproveite e transforme a pressão de uma rajada em velocidade ao invés de uma catapulta por não estar firme sobre a prancha.
Dica do tradutor: Aprenda a identificar as rajadas na água. Mancha escura que se aproxima, cabecinhas brancas (carneirinhos) de espuma que quebram nas marolas, formação de pequenas ondas são todos sinais característicos de rajada de vento que se aproxima. Se você souber identificar estes sinais, poderá prever o momento em que a pressão irá encher sua vela e fazer você começar a planar. O momento correto de encaixar os pés nas alças é justamente este início de planeio, quando a pressão de vento na vela permite que você até faça um pequeno desequilíbrio e afunde um pouco a rabeta da prancha na água. Encaixou o primeiro pé? Assim que você estabilizou a prancha parta imediatamente para o pé de trás e o encaixe na alça correspondente. Não perca tempo pois se deixar para encaixar os pés nas alças após ter embalado e estar planando, dificilmente você terá sucesso na tarefa, ainda mais se estiver na fase de aprendizagem da manobra.
Não perca na próxima semana a parte final da matéria.
Bons Ventos a todos,
Carlos Jürgens
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