Antiderrapante

  Pesquisei um pouco na internet sobre antiderrapantes para pranchas de windsurf. Encontrei muita coisa interessante. Eis algumas delas:

“Quando ainda se fabricava windsurf no Brasil, o antiderrapante era o calcanhar de Aquiles das pranchas, porque não podia escorregar e também não podia arranhar, eu vi de tudo, resina com areia peneirada, jogar pó de poliuretano por cima da resina, mas para mim o que mais dava certo era jogar em cima da resina açúcar de confeiteiro, aquele bem grosso, depois da resina secar, era só lavar que o açúcar dissolvia e ficavam pequenos buraquinhos na resina, o problema é que não durava muito tempo.”

“Para resolver esse problema de antiderrapante, eu comprei na West Marine uma latinha de micro-Balls, da All-Grip…Custou algo em torno de 30 USD e ficou um Show…”

“entre as micro balls e o EVA eu gostei mais do EVA pois o piso fica mais suave para os pés.”

 

“Eu fiz a reaplicação de antiderrapante da minha prancha de wind isolando as áreas e usando resina epoxi, deixando secar uns dez minutos, e ainda com a resina pegajosa (secagem ao toque em 45 min. aprox., dependendo um pouco da temperatura ambiente), jogando microesfera de vidro em pequenas quantidades, soprando as microesferas sobre a resina. Ficou ótimo, quanto mais rarefeita a aplicação das microesferas mais evita escorregões. Faça um teste em uma área menor. Tem tb aquela fita da 3M, tanto a preta quanto a transparente, pra degraus e assemelhados.”

“Micro esferas de vidro são facilmente encontráveis em lojas de artigos odontológicos e/ou de suprimentos para jato de areia, Por que o jateamento para decapagem, antes da usinagem em próteses e fundições, é feito com esse material.”

Todo o descrito acima são opções para refazer o antiderrapante em pranchas antigas que já tenham perdido o grip e estejam lisas e escorregadias.

Eu refiz recentemente em minha prancha JP FSW de 115 litros (ano 2001) com fita antiderrapante usada como item de segurança em degraus de escadas. Utilizei a transparente para não perder o visual do deck, e apliquei somente na parte central onde realmente apoia o pé para dar pressão na hora de planar e no jibe.

Desta forma (somente no centro) pretendo reduzir bastante a possibilidade de me arranhar se por ventura cair sobre a prancha. Para aplicar a fita, a superfície do deck deve ser lixada para retirar o antiderrapante velho, deve portanto estar lisa, bem limpa, seca e isenta de qualquer resíduo de sal.

Por que optei por esta fita? Porque é uniforme na espessura, largura e granulação, já vem adesivada e este adesivo é próprio para alto trafego e resistente a água (limpeza dos pisos). Agora é testar e ver o resultado na pratica.

Ainda como curiosidade:

No site da Katanka, Marcelo Morrone escreveu:

“Novidade: Star Touch

Para que mudar uma coisa que funciona há 20 anos?

O Star touch é o novo antiderrapante que a Starboard está aplicando inicialmente nos modelos Rio e Gemini. O novo produto foi descoberto nas pesquisas em cima das pranchas de SUP e, assim como a prancha quadriquilha Quad, o que foi bom pra SUP, também foi bom no Windsurf.

Se não mudasse o antiderrapante, certamente não haveria um movimento dos velejadores para que isso acontecesse. E é aí que entra a atitude de vanguarda da marca que mais inova no Windsurf. O objetivo inicial era aposentar a parafina nas pranchas de SUP que não tem o deck em EVA.

No seco, ao contato com a mão, o Star Touch é uma superfície áspera, mas não chega a travar os dedos como o antiderrapante tradicional. Na água, entretanto, o pé não escorrega de jeito nenhum. A prancha fica super confortável e é o fim de joelhos ralados, dedos esfolados, bermudas e biquinis desfiados!”

Bons Ventos a todos,

Carlos Jürgens

PS: 04/06/13 – No feriado de Corpus Christi (30/05) velejei em Piçarras. O antiderrapante feito com fita funciona muito bem e não apresentou nenhum problema de descolamento.

Agosto de 2013 – Após diversos velejos, ainda está perfeito.