Colete – Segurança em primeiro lugar!

 

Naufragou no dia 03 de abril de 2015 no litoral de SC um veleiro do tipo Holder (monotipo de 12 pés ou 3,6m), tripulado pelo casal de namorados Nicole Castro Veado, de 33 anos, e Carlos Eduardo Mikosz Arantes, de 37. Ambos foram encontrados sem vida nas buscas, que no caso de Carlos Eduardo, chegou a 11 dias.

O casal que morreu após sair para velejar estava sem coletes salva-vidas, segundo a Polícia Civil. Segundo a delegada Luana Backes, Nicole Castro Veado, morreu por afogamento na madrugada de domingo (5), de acordo com o resultado da necrópsia. "Ela possuía marcas simétricas abaixo das duas axilas e no pescoço, [são] indícios de que ele teria tentado salvá-la", afirma a delegada.

A polícia trabalha com a hipótese de acidente. "Só estavam os dois no mar, então são possibilidades. Acho que o vento poderia estar forte, ela pode ter caído, ele pode ter pulado para salvá-la e os dois não conseguiram voltar para a embarcação. É uma possibilidade", diz a delegada.

O laudo cadavérico aponta que Nicole morreu de quatro a oito horas antes de o corpo ter sido encontrado, o que ocorreu às 7h40 do dia 5 de abril, a cerca de 200 metros da orla da praia entre Jurerê e Canasvieiras, em Florianópolis. Já o corpo de Carlos Eduardo foi encontrado a cerca de 80 km da costa nordeste de Itajaí na terça-feira (14).

"Ela morreu antes. O corpo afundou e a correnteza levou. Depois, o vento teria mudado novamente. Pode ter sido isso que fez com que os dois corpos estivessem longe um do outro. Se ele tivesse morrido junto com ela, os corpos estariam mais próximos", explica Luana.

 

O que é importante retirarmos deste triste ocorrido? Regras básicas de segurança.

– Sempre veleje acompanhado, ou tenha alguém na margem, que saiba onde você está e no caso de você não retornar, possa acionar socorro.

– Se for velejar em mar aberto, se possível, leve um celular numa embalagem impermeável. Observe os avisos de navegação da marinha.

– Tenha sempre uma cordinha extra, presa ao seu material (normalmente enrolada na parte posterior da retranca). Esta cordinha pode quebrar galhos enormes.

– No caso de entrar em roubada, escolha sempre ficar com a prancha.

– O colete flutuador, apesar de muito pouca gente usar, é altamente recomendado.

– Em situação de emergência, mantenha a calma.

– E finalmente, tenha sempre seu material revisado para evitar possíveis enrascadas.

 

Palavras do mestre Braga: “Colete sempre, ajuda muito no waterstart. E no caso de batida contra a retranca, mastro ou a prancha, protege as costelas se o tombo for feio”.

Eu ainda acrescentaria que o colete ajuda (e muito) a impedir a perda de calor do corpo, ajudando a manter os órgãos vitais sempre protegidos do frio. Ok. É verão e faz calor? Imagine o caso (espero que só fique na imaginação) de passar uma noite à deriva, esperando por socorro. Ao final você com certeza estará com frio.

Numa próxima matéria, trataremos novamente de soluções alternativas para possíveis problemas durante o velejo. Não perca.

 

Bons ventos (com segurança) a todos,

 

Carlos Jürgens

 

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