Kit trapézio – Manutenção
Muito já foi falado neste site sobre este componente e como ajustá-lo. Matéria completa sobre o assunto pode ser encontrada no link: http://www.windville.com.br/noticia/294/kit-trapezio.html ou em algumas outras matérias com dicas complementares. Digite kit trapézio no campo de busca. Vale a pena.
No windsurf, trapézio é a unidade de transferência de força entre velejador x equipamento. Portanto, conforme já tratado anteriormente, seu posicionamento e comprimento do kit afetam diretamente a performance do rig. Encontrar a posição correta do kit trapézio na retranca é uma questão pura de equilíbrio e balanço.
Mas falemos sobre manutenção do kit trapézio. Não é por um cabo partido, que o velejador deixará de chegar são e salvo à praia. Mas poderá sim significar o final de uma bela sessão de velejo.
Na manutenção do kit, tudo inicia com uma checagem visual. Mangueira de sobreposição ao cabo partida ou inexistente, pode significar desgaste acentuado do conjunto e ruptura eminente. Alças de fixação do kit à retranca, puídas na parte do velcro ou visualmente esfareladas, igualmente representam problema.
O ideal é o conjunto estar sempre em dia na apresentação e funcionalidade. E quando falamos em conjunto, não se resume apenas a kit trapézio. Aqui podemos incluir todo o equipo e também seus materiais pessoais (trapézio, colete flutuador, sapatilhas, protetor solar, etc…).
Kits trapézio existem de diversos tipos. Medidas fixas, ajustáveis, fabricação artesanal, etc… O importante é que estejam atendendo à função. E existem maneiras de prevenir ou mesmo reparar o conjunto.
Por exemplo: O ponto onde o cabo normalmente se parte é exatamente na curva onde engancha no trapézio propriamente dito. Porque? Logicamente pelas forças e atrito geradas naquele ponto, mas também pelos cristais de sal que se acumulam no local e que levam à fragilização do cabo e à sua ruptura.
O ideal seria após cada velejo, principalmente em água salgada, fazer circular água doce com pressão por dentro da mangueira de cobertura do kit. Mas quem faz isto? Nem sempre a mangueira possui as extremidades abertas que permitem esta circulação de água. E depois, com todo o material para desmontar e organizar, é muito mais fácil trocar o kit quando o mesmo se parte…
Precisamos pensar que nossos amigos da Windbra (e tantos outros) precisam também sobreviver, e para isto o material não pode durar eternamente.
Existem kits abertos, que possuem as alças de fixação na retranca, cabo e mangueira, tudo como peça independente. Nestes casos, uma boa opção para reposição da mangueira de cobertura é a utilizada em instalações pneumáticas, normalmente a de 12mm diâmetro externo. Festo, Micro, Parker, Bosch, etc… são todas marcas de equipamentos pneumáticos. Caso você precise repor esta mangueira e houver algum comercio conhecido que venda equipamentos destas marcas, poderá comprar a mangueira, que feita de PU, reconhecidamente resistirá ao mais extremo dos usos.
Caso necessite repor o cabo, o ideal seria utilizar cabos de nylon sedoso com a alma trançada, que possuem resistência superior aos de alma linear com somente a cobertura externa trançada.
Para quem tem condições de curtir férias em points distantes onde não se torna viável a utilização de seu próprio material e o ideal é a locação, uma boa dica é criar um parâmetro de medida de seu kit, utilizando por base seu próprio antebraço. Vide imagem abaixo.
Detalhes deste tipo eliminam ao menos uma das variáveis em sua adaptação ao material locado.
Ainda em relação ao comprimento dos kits, existem 02 padrões de medidas de comprimento. O europeu, que utiliza a medida em centímetros do conjunto montado, partindo do centro do tubo da retranca até a curva de enganche (tensionada simulando o uso).
O segundo padrão é o americano, que mede o cabo em polegadas, aberto de uma extremidade à outra.
A tabela acima pode ser um bom referencial de comparação entre ambos sistemas.
De resto, é esperar pelo vento e curtir muito.
Bons ventos a todos,
Carlos Jürgens
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