Lubrificando seu material

O sal não perdoa!

Muitos me perguntam sobre como guardar o material, com água salgada ou lavando com água doce. Existem algumas controvérsias. Os fabricantes dizem que o material principalmente das velas é feito para resistir ao sal, e a água doce tem o inconveniente do cloro (no caso de água tratada nas cidades). Quem está com a razão não vem ao caso discutir neste momento. O importante é que existe o consenso de que o material deve estar limpo e seco quando for guardado.

Porém como dito no primeiro parágrafo, o sal não perdoa. Se as velas, mastros e pranchas resistem bem ao sal, não se pode dizer o mesmo dos componentes metálicos do seu rig. Quem nunca enfrentou o problema da cordinha de regulagem da retranca ao mastro travada no mordedor? Ou então os puxadores dos zíperes das capas da vela que simplesmente se esfarelam?

Para evitar os efeitos de oxidação causados pela água salgada, é muito recomendável aplicar um spray lubrificante a todos os pontos metálicos de seu equipamento, e se opinião vale alguma coisa, o melhor deles é o WD-40. Repelente de Água número 40. O produto se originou da pesquisa por um protetor contra ferrugem e desengraxante para proteger peças de mísseis.

O WD-40 foi criado em1953 por três técnicos da San Diego Rocket Chemical Company. O nome vem do projeto, que tinha por objetivo desenvolver um composto para repelir água (Water Displacement) . Eles tiveram sucesso com a quadragésima fórmula, portanto WD-40, e o ingrediente básico é óleo de peixe.

Segue a seguir uma lista de pontos que devem ser lembrados na hora de lubrificar seu material:

– Roldanas da vela (no ponto inferior onde se caça a mesma),

– Roldanas e mordente de fixação do cabo da extensão,

– Porca e parafuso da base do Pé-de-mastro,

– Puxador do zíper das capas de velas e pranchas,

– Mordedor de cabo das retrancas, seja na ponta externa como principalmente na parte de fixação ao mastro. Caso a regulagem de seu equipamento não exija soltar aquele cabo de uma vela/mastro para outra, convém fazer uma verificação nesta parte para evitar surpresas no momento em que esta necessidade surgir,

– Puxador do zíper de colete flutuador e até da roupa de neoprene se for o caso,

– Parafuso e principalmente a porca de latão da fixação das quilhas. Caso aquelas roscas oxidem, é fácil que elas espanem e neste caso o parafuso não dará mais aperto na fixação das quilhas.

Enfim, todo e qualquer ponto metálico, seja de alumínio, latão e até mesmo o inox estão sujeitos à ação do sal e portanto merecem cuidados na sua manutenção e preservação.

Material bem cuidado evita surpresas desagradáveis durante o velejo.

Bons Ventos a todos,

Carlos Jürgens

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