Em minhas andanças e pesquisas nos sebos da vida, encontrei numa Windsurfing Magazine de Maio de 2001, uma matéria na minha opinião interessante e ainda atual.
A matéria foi originalmente escrita por Rebecca Wolthers, que em 2001 era instrutora em Maui e no norte da California. Na época era patrocinada pela Neilpryde e RRD.
No momento em que grande parte dos velejadores se encontra numa situação sobre-velada (no original – overpowered), a maioria tende a estender os braços, apertar firmemente a retranca e dar o melhor de si para fisicamente segurar o rojão.
Entretanto, esta deveria ser a ultima coisa a ser feita. Na realidade, segurar a vela na marra, é um meio muito rápido de transformar o seu receio de uma bela catapulta em realidade.
Imagine-se num cabo de guerra (brincadeira do tempo de escola). E enquanto o time adversário puxa para seu lado, usando seu corpo e pernas, você permanece em pé, ereto e segura exclusivamente com suas mãos (e braços). Parece absurdo, mas é exatamente o que acontece quando você veleja sobre-velado, segurando a bufa apenas no braço.
Na próxima vez que você se encontrar nesta situação, relaxe um pouco sua “pegada” na retranca. Estará ok se estiver um pouco mais aberta que o normal, até que seus braços estejam soltos. Em seguida sente agressivamente sobre o trapézio, como demonstrado na foto. Pode parecer estranho, mas “sentar” no trapézio trará controle a você de diversas formas.
Sua prancha estará grudada na água, pois seu peso será transferido pelo rig ao pé-de-mastro. Sentar no trapézio também significa tirar seu peso dos pés, permitindo um velejo mais suave pelas ondulações.
Pode ser notado na foto, que a prancha da Rebecca não está flat (está meio empinada) e segue arribada (a favor do vento). Isto é proposital para que o vento possa ajudar a manter a prancha colada à água, e mesmo que não seja a mais rápida das posições de velejo, manterá você no controle.
Abraço a todos e Bons Ventos,
Carlos Jürgens
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