Em pesquisas baseadas em registros de busca e salvamento, segue resumo das principais causas/fatores geradoras de incidentes:

1-Falha em reconhecer um potencial risco ambiental; não familiarizado com a área da atividade ou características climáticas locais.

2-Falha do equipamento; inspeções e reposições de itens desgastados neglicenciados.

3-Muito ambicioso e superestimando seu nível técnico.

4-Atividade solo, itinerário desconhecido a outros.

5-Hipotermia (perda de calor corporal e do cérebro) em virtude de vestuário inapropriado.

6-Falta de repouso (fadiga); condições físicas inapropriadas.

7-Sede (hipohidratação durante atividade em água salgada).

 

Preparação: Seguem alguns pontos importantes que você deveria conhecer antes de entrar na água:

1-Como estou me sentindo? Tive uma semana longa e exaustiva? Tenho me exercitado e alongado? Estou bem hidratado?

2-Qual parte do meu equipamento está comprometida? Qual parte dele tende a quebrar?

3-Determine onde você gostaria de chegar caso fique à deriva. Permaneça orçado em relação ao seu ponto de partida, ou conheça alternativas para sair seguro da água.

4-Onde estão meus amigos?

Uma vez estando fora na atividade, dê pausas para descansar e se refrescar. Vá para fora da rebentação para melhor avaliar a situação, caso as ondas cresçam demasiado ou rajadas muito fortes e inesperadas apareçam.

Não veleje até a exaustão. Sempre tenha uma reserva para o auto-salvamento.

PFDs (Personal  Flotation Devices) ou colete flutuador é recomendável e foi tratado na matéria da semana passada.

 

Ser rebocado ou remar: Permanecer com sua prancha é a prioridade nr.1. Avisar alguém de seu problema é a nr.2. Partir pra solução solo é a nr.3.

O sinal internacional para socorro é estender ambos braços e movimentá-los ao lado do corpo, acenando de cima para baixo e vice-versa repetidas vezes. Com uma prancha sem flutuação (que afunda), isto pode ser feito deitando sobre a prancha enquanto mantém as pernas na água.

Outro sinal comumente utilizado é acenar ambos braços acima da cabeça cruzando-os no movimento. Este sinal pode ser mais visível em locais com muitas ondas e ventos fortes.

Pesquisas concluíram que é muito mais provável receber socorro, se você acenar para a pessoa mais perto de você do que para uma multidão. A multidão pode interpretar que alguém outro se encarregará do socorro e ao final ninguém faz nada.

No caso de receber apoio de alguém, mantenha contato visual com a outra pessoa. Pergunte se ela pode providenciar socorro ou peça a ela que fique olhando (e se necessário intervir ou correr atrás de ajuda) enquanto você tenta um auto-salvamento.

Se não houver ninguém para lhe dar suporte, avalie bem a situação e faça um plano de ação. Não tente nada impensado imediatamente. A vela caída na água normalmente faz a função de ancora impedindo que você seja rapidamente arrastado para fora. Verifique seu equipamento para ver o que pode ser feito para tentar um auto-socorro (espere e leia a próxima matéria do site).

 

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Se precisar ser rebocado, seu puxão pode servir para a função. Ou emendando os 02 kits trapézio, também pode ser uma opção. Tenha junto ao material uma cordinha de reserva. No caso de reboque, pense sempre em posicionar o peso de seu corpo de maneira a manter o bico de sua prancha for a da água e evitar partes de seu rig tocando na água. Isto irá diminuir a resistência à água e ajudar bastante a vida daquele que estiver ajudando.

Caso parta para remar de volta, o material pode ser todo desmontado na água e deitado no comprimento sobre a prancha. Use as cordas utilizadas para caçar a vela para amarrar o material. Se a prancha tiver bastante flutuação, você pode utilizar a parte superior do mastro como remo. Se for flutuação quase no limite, ajoelhar sobre a prancha com o material entre as coxas e remar com ambas mãos é uma maneira de avançar.

 

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Caso a prancha não tenha flutuação, nade e reboque o material. Se você estiver muito longe e a situação estiver critica, avalie a possibilidade de abandonar o rig e ficar somente com a prancha. Sua vida vale mais que uma vela mastro e retranca.

Se você for abandonar o rig, mantenha com você o puxão ou qualquer outra corda (da extensão ou retranca para caçar a vela). Pense na possibilidade de amarrar a prancha ao seu corpo (por exemplo, nas alças).

Qualquer das opções pela qual você optar, mantenha sempre o olhar no horizonte procurando por ajuda.

Finalmente, se você estiver sendo rebocado ou estiver remando em auto-salvamento no mar, procure sempre por algum ponto com canais de entrada. Procure tangenciar estes pontos e nas laterais do canal (onde a correnteza é mais fraca), tente retornar à praia. Canais de entrada normalmente são associados a água mais calmas e com poucas ondas.

 

Fonte: www.iwavesolutions.com/lefebvre/Windsurfing/Articles/safety

 

Bons ventos a todos,

 

Carlos Jürgens

 

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